Seja o tamanho XXS, as pernas finas ou os abdominais definidos, parece que todos os meses surgem novas tendências de magreza. Como pode prevenir que os seus filhos sejam levados pelas mais recentes obsessões das redes sociais e encorajá-los a colocar a saúde e o bem estar acima do perfecionismo em relação ao corpo?
A competição pela forma do corpo
As redes sociais também introduziram um novo nível de competição pelas tendências para a forma do corpo, em que as pessoas querem receber "gostos", "partilhas" e comentários que aprovem as suas selfies do corpo. Há também as tendências em "hashtag", memes e desafios - como por exemplo "se a cintura é mais fina do que um pedaço de papel A4?" ou "quantas moedas consegue equilibrar ao longo dos ossos da clavícula?" Quando os amigos começam a partilhar fotografias de si próprios a experimentar o desafio mais recente, é muito difícil para alguns jovens resistirem fazê-lo também.
E se estiverem com dificuldades para chegar à aparência a que aspiram, existem vários websites, blogs e tutoriais de vídeo que prometem ajudá-los. A internet está cheia de sites que inspiram a magreza e que prometem soluções rápidas. Seja qual for a obsessão em relação ao corpo, haverá conteúdo online para alimentá-la.
Construindo confiança no corpo
Os jovens estão a passar por mudanças físicas e emocionais enormes, e por vezes desconcertantes, pelo que não é de admirar que a sua confiança em relação ao corpo seja facilmente abalada. É importante estarmos sempre a relembrar os nossos filhos de que as pessoas são todas diferentes, e que o corpo perfeito não existe.
Felizmente, há sinais de mudança da convencional (e extremamente limitativa) definição de beleza dos media. A tendência das pernas finas ("thigh gap") viu uma reação nas redes sociais em que as mulheres chamavam as suas pernas com curvas de "pernas de sereia" e partilhavam fotografias bonitas e que mostravam vantagens engraçadas - desde a menor probabilidade do telefone cair entre as pernas à capacidade de colocar mais cachorrinhos no colo.
Um número crescente de anunciantes estão a tentar redefinir os padrões de beleza e a celebrar a diversidade nas suas campanhas. A H&M, Mars e Diesel são algumas das marcas que seguiram o exemplo de Dove ao usarem mulheres reais, que não se encaixam no estereótipo de modelo magra, alta e caucasiana. Marcas de lingerie como a Panache e a Curvy Kate usam mulheres inspiradoras em vez de modelos profissionais para promover a sua roupas interior, enquanto que o anúncio "This Girl Can" da Sport England foca-se no bem estar e exercício.
A Jennifer Lawrence, Serena Williams, Kate Winslet, Sarah Millican, Kelly Clarkson, Keira Knightly e Kim Kardashian são apenas algumas das celebridades que se insurgiram contra quem critica o corpo depois de verem o seu peso sob escrutínio por parte dos media. Enquanto isso, figuras maiores como a Adele, Rebel Wilson e a Ashley Graham chegaram todas ao pico das suas profissões como cantora, como atriz e como modelo respetivamente.
Se os seus filhos se sentem ansiosos com alguma característica física em particular, porque não partilhar estes exemplos positivos com eles?